A fragata D. Fernando e Glória
Depois de um fogo a bordo o navio afundou no Tejo, após anos sofrido as calamidades de degradação, foi restaurado como era na década de 1850 para brilhar afinal no Expo 98 . Hoje está amarrado na doca de Alcântara.
Logo ao pôr um pé na Fragata D. Fernando II e Glória, senti que eu era um viajante e que ia descobrir novas coisas, Este navio veleiro uma prova da tecnologia naquele tempo foi o último grande navio à vela da marinha portuguesa e a ultima nau a fazer a Carreira da Índia. Uma linha militar regular desde o século 16 e durante 300 anos fez uma ida e volta entre Portugal e aquelas antigas colónias. A fragata em serviço desde 1843 foi baptizada em honra da rainha dona Maria segunda, e ao seu marido dom Fernando Saxe Coburgo Gota da mesma família de nosso próprio rei.
Vi e andava pelos vários pisos da fragata desde o convés até o porão,
A fragata tem em frente uma carranca de proa lindíssima que embeleza o navio numa maneira elegante. Agora estamos no convés, imaginei que estou firmemente de pé ao leme pronto a sair a barra do Tejo, toco o sino para iniciar uma viagem nova. Os mastros balançam suavemente a esquerda e a direita, no alto vi a gávea, na altura penso que não tenha nenhum graça cumprir serviço lá em cima, enfiados num cesto à torreira do sol ou debaixo de chuva torrencial deve ser horrível.
Ao segundo piso, a coberta, encontramos os marinheiros (bonecos de cera) um pormenor interessante entre os tripulantes haviam várias profissões. Por exemplo os calafates para introduzir estopa nas fendas entre as tábuas (Alias uma palavra que em flamengo também existe, op calfateren), os trinqueiros para consertarem as velas, os carpinteiros e os tanoeiros que fabricavam pipas, todos aqui introduzido na coberta, mesmo está representado um marujo preso com correntes, em redor estavam em filas impressionantes canhões pretos e vermelhos. Um contraste enorme foi a sala de estar dos oficiais, observava com espanto a desigualidade entre eles e a vida miserável dos marujos, tinham que trabalhar por turmas de quatro horas, uma das tarefas mais duras para grumetes consistia em dar à bomba para retirar água do porão. Confesso, ainda posso contar mil coisas sobre esta fragata lindíssima, se quiser mais saber sobre esta nau. Então ela está a esperar por ti. Doca de Alcântara.
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