Alfama antiga dos nobres
Morada do velho Games
e da primeira Nobreza
Mas mesmo assim, velha Alfama
Mostras que és bem Português
Na véspera do dia de Santo António
O sol poente deixa um clarão vermelho sobre a cidade, as andorinhas sobrevoam em voo rasante pelos telhados da velha Mouraria. É verdade, Lisboa entrou com a velocidade dum TGV no século vinte e um, mas ainda fica sempre uma velha e melancólica senhora que convida para vaguear lentamente pelos seus murros. Em vez de apanhar o eléctrico, que nos gemendo sob o seu peso levaria para o castelo, escolhemos um caminho mais fácil e andamos pela rua de alfândega ao nosso alvo, o velho coração da cidade.
Junho é um mês de festa, e é a segunda natureza dos portugueses . Um dia deste 770000 lisboetas vão celebrar o santo António. A multidão cresce a olho vista e todos os becos, ruelas, pracetas modificam-se num grande sardinhada aos todos os lados há mesas apinhadas, lisboetas a espera por uma porção de sardinhas grelhadas em companhia dum bom vinho. Enquanto as sardinhas estão a virar as costas em cima a brasa. Um coro estudantil de raparigas entoa uma canção num nevoeiro cheirando a sardinhas. Na corrente da noite o ambiente festejo toma posse da gente e a algazarra duplicou - se.
Aos murros da igreja são Vicente, uma fadista canta a sua dor, as guitarras soam clara na noite abafada, ouvimos com alento parado. No fundo brilha a cidade e as luzinhas da ponte vinte e cinco de Abril e na avenida de liberdade marcham os bairros enfrente dos olhos de milhares de pessoas para conquistar o desejado prémio da melhor marcha.
Apanhamos a camioneta, o condutor falhou uma carreira como piloto f1, mas afinal a noite acabou bem e era uma experiência fantástica.
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