Sim, sou o pai dele e no dia 18 deste mês vai fazer 9 anos que ele faleceu. A religião que ele praticava, de certa forma, deu um sentido na vida dele (achava ele) e foi a mesma religião que lhe tirou a vida. Eu já era ateu e depois disso, graças a Deus, fiquei mais ateu ainda. Hoje, como ontem, percebo nitidamente que as diversas religiões são uma das maiores causas de todos os desentendimentos existentes no mundo e com certeza de quase todas as guerras, em todos os tempos. Nunca proibi que ele praticasse a religão que ele quisesse mas esperava que ele, com o tempo, enxergaria a realidade nua e crua e constatasse o que nos realmente somos: NADA e para o NADA voltaremos. A religião, na verdade, foi inventada pelos homens, de todos os lugares e em todos os tempos, para dar este sentido à vida, mas está sendo usada, desgraçadamente, para enganar, roubar e matar.
Se Rudo Jr. amava vocês, é que vocês mereciam ser amados, mas eu não vejo a necessidade de ter que pôr um Deus no meio disso...xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
Rudo
Sr. Rudo, entendemos e respeitamos a sua opinião, mais realmente escrevemos esse recado ao Sr. como forma de expressar o quanto ele foi importante para minha família. Sentimos muito a falta dele.
SEU FILHO era um Ser Humano único, ímpar. Este nome Rudo é tão difícil encontrar ... Rudo para nós, significa AMIGO. Rudo seria o nome do nosso filho, se tivessemos um menino, mais tivemos duas menininhas rs , mais que já sabem também o quanto ele foi especial em nossas vidas. É dificil falar, escrever dele e não se emocionar. Um grande abraço ao Senhor.
Márcia e Ricardo.
A emoção ao falar dele, ou ao ouvir falar dele, toma conta de mim também. Não choro com facilidade mas a minha voz embarga imediatamente e não consigo evitar que uma lagrima escapa dos meus dois olhos, nem na frente de outras pessoas. É inevitável, mas pudera: ele era meu filho único. Formado engenheiro e formado homem.
Eu disse bem: ele era filho único, porque depois da morte dele comecei a freqüentar (como ele me ensinou) um abrigo, aqui em Recife, para onde já me havia mudado e da onde as autoridades judiciais me presentearem, um ano depois, com uma filha nova, então com cinco anos de idade e que hoje é campeã pernambucana de Judô (já é faixa roxa) e que igual a ele, é bonita, super inteligente, responsável, estudiosa, pontual, carinhosa, esforçada, bondosa e amada...
Chego a duvidar, com algum remorso, se eu nao amo ela mais do que amei meu próprio filho...
Abraços, no dia do aniversario da morte dele, para vocês dois.
Rudo
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