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enquanto me dirijo para o frio; milhares, sim milhares de quilómetros num tempo quase eterno, quase adormecido pelo tédio e conduzo sem parar, incessantemente, sem ver ninguém, nem uma única pessoa ao longo do verde das estradas de asfalto negro com aquela eterna linha branca no meio, o que é que eu digo.....uma longa serpente que me acompanha sem palavras através da paisagem infinita, enquanto eu, ao que parece, devo rezar através do meu ser em transe e atravessar verticalmente esta terra com a minha espada
ela, essa serpente, desliza para os cantos mais distantes dos meus olhos sou dominado por ela, sempre preso a uma só imagem sim, este é o meu corredor, em direção ao frio do norte não faço ideia porque é que sou atraído para um tal sonho
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