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Entro no talho ao pé do mercado municipal, sou o único cliente, o dono de talho, barrigudo e mau disposto, ainda não tem tempo para me aviar, está a telefonar. Espero pacientemente, o homem ainda não acabou a telefonema mas faz um gesto irritado com a cabeça.
-Que precisa?
Eu apontava para as aves de capoeira na montra " uma galinha por favor."
- Galinha, não tenho se queira uma galinha tenha de ir ao talho no fim da rua principal, responde ele rudemente.
Saio o talho com um encolher de ombros, a montra está cheia de aves de capoeira mas recusa vender nem uma. Não percebia a atitude desse homem.
No talho no fim da rua principal ia tudo numa maneira jovial e correcta. Lá ficavam galinhas a vontade. Cheguei contentemente na casa com uma galinha robusta e de cor boa.
Infelizmente, porém, mesmo depois duas horas não a consigo frigir bem passado na frigideira, a carne ficava dura e incomestível. Decidimos afinal para ir ao restaurante Zita conhecido e formoso então pelos seus frangos excelentes e mesmas as tortas tenha fama.
Concluo que aprender uma língua estrangeira na escola é uma coisa boa mas a verdadeira língua tem que aprender na vida real.
Então explique, uma galinha na quinta fica uma galinha como um galo na quinta fica um galo, mas a mesma ave de capoeira, a galinha, no talho torna-se een soepkip e, een braadkip chama-se no talho frango, e na capoeira da quinta é o frango um galo novo.
Os três aldeões estavam decentemente acostado à parede
ª
Caminhantes destemidos que somos, tínhamos dificuldade subir a estrada escarpada em curvas. A falta de uma vereda e o facto que o sol estava na posição mais elevada no céu não faziam melhorar a situação de nossa condição. Por isso decidimos parar na primeira cervejaria que encontramos para repousarmos de nossos sofrimentos. Um poste indicador chamou nosso atenção em letras grandes " mesquita"seguimo-lo e andamos pela aldeia pitoresca e branca como neve Murfarém. A mesquita, museu de azulejaria e etnografia árabe estava fechado. Não hava ninguém na rua, nem loja nem cervejaria nada, só uma associação dos moradores. O estabelecimento era sóbrio e pintado branco com faixas largas azul. Alguns locais ao balcão e, na parede o retrato do revolucionário Ché ?
A conversa foi feita facilmente com os locais por causa a sua curiosidade, dois turistas à visita numa aldeia que parece esquecido por Deus.
-Sim, Sim Senhor, estiveram lá mas, o museu estava fechado.
- Ah! Se quiserem visitar vou buscar alguém com a chave.
-não, não precisa, obrigado.
No momento em que queremos partir, estava três pessoas enfrente nosso. Um homem com a chave na mão e dois rapazes. Penso que os rapazes estivessem cá no caso precisassem de traduzir, sei lá?
A mesquita usada anterior como capela tinha uma montra com alguns espólios dos tempos remotos e um grande azulejo árabe no meio.
O homem de chave afastou um tapete gastado ao pé do altar, apareceu uma pedra enorme com uma argola grande.
- Isto é um caminho subterrâneo, em tempos de guerras ,os habitantes usaram o caminho segredo para fugir. Dizia ele com ar misterioso
-já o desceu ?
- Não, não é perigoso por falta de oxigénio.
Calado, dizemos sim com a cabeça
Os três aldeões estavam decentemente acostados contre a parede da mequita numa fila e com os seus semblantes escuros, cabelo e olhos pretos, não era difícil imaginar que ,estavam cá ainde familiares afastados dos Mouros. Aliás a aldeia Murfarém é a mais antiga aglomeração de Almada , situa-se no ponto mais elevado nos arredores e tem uma vista espectacular sobre o Tejo e Lisboa.
Durante as férias os turistas costumam ficar pendurados na praia ou nos centros antigos das cidades, mas as vezes valem a pena deixar os caminhos sabidos para não ir à beira mar ou para visitar mais uma igreja escura, mas pois, descobrir lugares e sítios que ainda não têm perdido as suas originalidades do passado.
1-Escolhe por um dia nublado quando quiser caminhar. O calor no interior é sem dó nem piedade. 2- Não esqueça trazer contigo uma garrafa água fresca. 3- calce-se um par sapatos resistentes.
Nas redondezas da lindíssima Serra de Arrábida.
Estacionei o carro atrás o primeiro semáforo em Aldeia Grande; ao pé duma casa de pasta onde os locais, pedreiros e os seus serventes vão comer o almoço com a vontade de quem está em casa.
Ao semáforo tomamos a primeira rua, uma ladeira ,e depois seguimos o alcatrão por baixo até ao fim. Onde a rua acaba ,há a esquerda um portão de uma quinta bem amanhada e ,ao outro lado um jardim vedado dentre eles um pouco escondido um via para peões, mas primeiro tem de passar pela pontinha sobre uma ribeirinha, nesta estação do ano quase secado pela falta de chuva. Entramos num ambiente protegido, o vale de ribeirinha. A paisagem é duma beleza virgindade, uma diversidade de colinas com vinhas ou conjuntos de sombreiros e pinheiros e, no fundo a eterna serra.
As flores selvas à beira do caminho atraem insectos estranhos e um grande número de passarinhos minúsculos fugiam em bando para árvore seguinte, a cada passo que aproximamos. As colmeias zumbem de actividade na charneca vizinha.
Encontramos a ruína da Quinta do Sisto perto da água. No Verão o leito da ribeirinha está quase sem água, mas, a pouca água que está lá continua a correr lentamente o seu curso, prosseguimos o caminho da água. Sob a abundância das árvores grandes aprovamos agradavelmente da sombra fresca, a luz filtrada pelas folhas turbilhona para solo, O vento sopra ligeiramente nas copas e deixa fremir as folhas secas, um momento ideal para repousarmos um pouco.
À outra margem, os espólios da Quinta do Esteval, em tempos remotos muita próspera. Seguimos olivais, um bebedouro para gado bovino, uma vedação estragada e ...
Aí que lindo! Como se estivéssemos entrados num outro continente ou chegássemos no paraíso. Que maravilhoso!
Estivemos excitados pela formosura de uma ladeada de palmeiras antigas com as palmas velhas espelhados às centenas no solo, ao longe uma granja intacta mas abandonada, guardado por quatro palmeiras altas.
Não quero ser mau,mas de quem é este domínio , talvez fosse de alguém que tivesse que fugir em 1974 ou um ricaço, antigo recém-chegado dos colonias ou alguém que tenha perdido o juízo.Seja quem for ,espero que a quinta e os arredores ficarem um paradiso .
Não quero ser chauvinista, mas quando vi o comercial da cerveja abadia, tinha dúvidas, é possível que possa imitar cerveja de alta fermentação de mesma qualidade ,como fabricada pelos monges dos mosteiros flamengos, lá onde se possuem duma experiência e requinte de centenas anos e tal!
O comercial de Superbock deixe pressupõe isto. Sei que certas sequências comerciais, mesmo apetitoso, só se podem publicar de maneira satisfatória quando se lhes acrescenta um exagero de superlativos. Ou para dizer numa outra maneira, dum apoio de referências valsas ou exageradas para dar mais valer ao produto novo tal qual a Superbock Abadia.
Aprovei e julguei que a abadia é uma cerveja boa mas absolutamente tem nada a ver com uma cerveja vindo dos nossos mosteiros, faltam certas ingredientes para ser uma bebida dourada.
Os portugueses gostam da cerveja abadia, bebem regularmente na cervejaria mas o que é que pensam sobre a bebida nova, julgando à maneira que lhas foi servida na mesa, todos os copos disponíveis na prateleira são bem para usar , mesmo copos em plástico.Por isso,penso que achem uma cerveja vulgar como todos outras cervejas no mercado português.É pena
Santo António de Lisboa Milhares de Lisboetas saíram à rua na noite de 12 de Junho para celebrar o Santo António.As ruas dos bairros históricos de Lisboa encheram-se com gente a procura de sardinhas assadas e vinho tinto. Não só os retiros decorados pelos moradores estavam apinhadas, como as esplanadas dos restaurantes se enchiam de comensais ávidas. A sardinhada na noite de santo António aparece cada vez mais como uma verdadeira festa de multidões. Cerca das 20 horas, já era praticamente impossível encontrar em Alfama uma mesa ou um banco disponível para comer uma sardinha boa e um copo de vinho tinto. Mas o centro de interesso das festividades foi o desfile lindíssimo das marchas populares na avenida da liberdade. Infelizmente para ver as marchas em grandes condições tem de segurar se de um lugar nas bancas metálicas das tribunas, embora seja desejável fazer isto algumas horas antes o primeiro bairro passará senão não puder ver as marchas. O meu bairro preferido venceu pelo terceiro ano consecutivo as marchas populares mas, não o vi, o desfile durou cinco horas um pouco demais para os meus ossos velhos.
"Vamos ganhar, vamos ganhar," gritos que se multiplicam como se fosse o início dum furacão que se nutre em cima das águas quente de oceano, um que cada vez está mais forte e mais descontrolado.
A bandeira nacional flutua nos edifícios das empresas, nos taxis, nos eléctricos dos anjos até os de Belém, nas camionetas, no gabinete do primeiro-ministro e nas janelas de Alfama todos estão uninidos para glória do Portugal ,os detidos no cárcere, os jovens ainda não chumbados, os reformados no banco do parque, mesmas as mulheres ignorando de futebol ,todos trazem de um ou outra maneira as cores de Portugal. A loucura nacional cresce junto com cada bolo na rede do adversário, o inimigo.Uma vingança tardia para a humilhação que Napoleão tinha feito a Portugal declarou solenemente um professor universitário na televisão.
Mesmo eu, comprei um tee-shirt de 3 euros com os cinco escudos no peito para me juntar com os melhores futebolistas do mundo.
O dia seguinte, vou comprar o meu jornal, um ritual que faço diariamente durante as férias . A dona da papelaria que durante duas semana esteve pintada em cores verde, vermelho e amarelo e não parava de gritar na minha cara " vamos ganhar o mundial, vamos ganhar, somos os melhores" Ofereceu-me o meu jornal sem levar os olhos, também não levei os olhos para não magoar as boas relações entre Portugal e Bélgica.
Depois de 2H45 de voo aterramos em Bruxelas. Posso contar aos dedos a escassez vez que o sol brilha à chegada, mas esta vez a Flandres de baixo mim luz de glória na sua paisagem secular ,bem amanhada e cortados em pedaços pequenos de puzzle, vi para primeira uma coisa que nunca tenho observado, a falta de selvajaria ou solidão da paisagem. Se tenha resumir uma impressão do meu país natal, a Flandres é uma cidade onde a gente deixa pastar as suas vacas no quintal.
Mas não quero ser desagradecido para o meu país, afinal fica bem chegar à casa.