A literatura (ou ficção) sobre o imperador Carlos Quinto pode diferenciar se em duas categorias. A primeira : as lendas, anedotas e contas populares, nascido de imaginação pura. A segunda : são os factos históricos contados nos romances, as peças de teatro ou poemas. Por estas aventuras foi desenhado do Carlos Quinto a imagem dum monarca popular, um cosmopolita de personalidade perfeita " o Fénix de todos os heróis" e ao mesmo tempo um maroto malicioso. As contas são todas ligeiras irónicas sem que encontrasse um nada de crítico a respeito do carácter ou conduta do imperador. Muitas vezes o imperador é apresentado como alguém que gostava de se mover entre o povo comum, talvez por isso exista tantas narrativas populares nossa literatura flamenga desse monarca.Aliás, ainda hoje em dia, uma lenda fica extremamente popular na Flandres, a saber "a caneca de Olen " (Olen = aldeia pitoresca na província de Antuérpia).
Uma outra continha, também muito conhecido, é a lenda "o lavrador de Berchem". Numa noite certa, por gargantas secas atormentadas, a companhia do Carlos quinto parou à taverna local para matar a sede. O Carlos sentou se ao lado de um lavrador e logo uma conversa alegre desenvolveu se entre o rei e seu súbdito. Ao sair da taverna, muitas horas e cervejas depois, o lavrador ainda não sabendo que, o seu amigo novo era o seu ilustre rei, diz lhe : Ó Carlitos pega o candeeiro, pois tenha de fazer chichi. Até a minha surpresa encontrei no blog biclaranja Dessa narrativa uma variante portuguesa. . « A primeira vez que o infante D. Luís foi a Castela visitar o imperador Carlos V, seu cunhado, e a imperatriz D. Isabel, sua irmã, entre os senhores e fidalgos que o acompanharam foi o conde [de Redondo] um deles, e rogou-lhe [ao infante] que não dissesse logo ao imperador quem ele era. Chegando o infante a Barcelona, onde a corte estava, foi recebido do imperador com mostras de muita alegria e contentamento. Estando ambos [o imperador e o infante] dentro em uma câmara, chegou-se o conde a um canto da sala onde ficara para mijar e um tudesco da guarda repreendeu-lho áspero; e o conde, tomando a porta da câmara, depois que chegou aonde o imperador estava, disse-lhe: - Senhor, mande-me Vossa Majestade dar em seus reinos um lugar seguro onde mije » Ditos Portugueses Dignos de Memória: História íntima do século XVI anotada e comentada por José H. Saraiva, 3ª ed., Mem Martins, Europa-América, 1997, Over keizer Karel zijn er veel legendes te vertellen zoals " de pot van Olen". Vreemd genoeg las ik ook toevallig een Portugees verhaal over onze doorluchtige Vorst, een variante op de legende" de boer ven Berchem" waarop de boer niet wetende dat hij met de keizer praat,zegt: hé Karel ,hou de lantaarn eens vast ,ik moet pissen.
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