dou -me conta de que não é muito fácil para quem não conhece o Neerlandês deixar um comentário. Se desejar deixar o seu comentário faça o seguinte 2° preencha um nome(naam) 3° seja obrigatório preencher endreço E-mail 4° Possa preencher o URL 5° preencha um título(titel) 6° deixe o seu comentário 7° carregue no texto "reactie insturen"
Muito obrigado pela sua visita ou por se ter interessado por este blog.
Isso dá-me esperança de que vais regressar a esta página , para ver novas fotografias - e não só.
Se desejar deixar a sua opinião, faça-o por baixo de cada texto, clicando em "comentário"
Gostaria muito de poder melhorar o meu blogue com o seu comentário positivo.
São tolerados este blog comentários ofensivos. Mas prefiro que as caixas de comentários servem para abrir o debate ou entregar sugestões sobre os textos. Mas no caso quiser usar os espaços para a calúnia ou comentário maledicente. Então,muito obrigado para sua atenção.
Às três horas de madrugada, ainda aproveitando das ruas vazias e a escuridão arrancou a nossa viagem para Portugal. Para os que nos veriam despedir, parece talvez a nossa partida como se fôssemos ladrões a fugir para o braço de ferro da lei, mas, o único motivo para iniciar tão cedo a primeira jornada, era uma passagem rápida através Paris.
Ao crescer da alva, Paris ainda não estava acordada e a passagem pelos subúrbios da cidade de luz ocorreu rapidamente e como tínhamos esperado sem caos.
Pernoitámos em Espanha e chegámos ao destino no dia seguinte depois de circular dois dias ou 23 horas pelas auto-estradas da Europa.
Ao contrário que é regra geral, a vila da Costa de Caparica não banhava no sol, estava nublado e aguaceiros ameaçavam cair do céu.Seja que for, não me deixará estragar as férias por alguns dias sombrias. A gente mói constantemente sobre o boletim meteorológico. Está bom tempo, está mau tempo, Talvez conheça o ditado " o lavrador europeu sempre lamenta-se de duas coisas, do tempo e da sua Mercedes.
Fotografias a cor de Patrick de Spiegelaere: vistas do mar. Pergunto-lhe os seus truques. Nenhuns, diz ele. Esperar até às dez da noite, e então consegues uma luz assim.
Esperar até aos cinquenta. E então consegues um poema assim.
No século dezasseis Antuérpia era uma cidade mundial. As novidades do inteiro mundo estreiam se nossas ruas, assim andaram já no ano 1563, um elefante vindo de Portugal pelas ruas.
A exposição dos animais prodigiosos no papel no Tempo Do Plantin (1520 - 1589) mostra como o homem há quinhentos anos passados olhavam com espanto pelos desconhecidos, misteriosos seres. Talvez não esperasse mas o museu Plantin- Moretus /gabinete de ilustrados está infestado dos animais. A obras naturais históricas cheias de espécies novos como fonte de inspiração por arte ou moral e narrativas sobre baleias que davam à costa. No museu Plantin encontra -se tudo.
Foto: Lago da barragem Alqueva A costa alentejana é uma região em Portugal que muitas vezes está tratado pelas autoridades como uma madrasta convive com o enteado. O Alentejo litoral uma zona virgem entre Setúbal e as praias populares da Algarve entra se pela dezassete quilómetros comprida ponte "Vasco de Gama" a ponte mais longa da Europa. Trinta minutos depois que deixou atrás as varias aglomerações de Lisboa está no seio das paisagens ondulantes semeado com olivais e sobreiros. Pela costa alentejana encontra se intactas praias de quilómetros e quilómetros areia dourada, o mar salgado, o céu interno azul e de vez em quando depara uma banda gaivotas mas mais além nada. Quem escolhe para uns dias de férias tranquilos no meio da natureza vai às redondezas de Comporta. Consume a refeição nos restaurantezinhos numerosos espelhados pela costa e escolhe um quarto de dormir numa casa de hóspedes. Há montes que oferecem quartos com pequeno-almoço incluído. Imagina residir numa quinta caiada que parece ao longe uma praça-forte numa paisagem verde e atrás aquele monte alentejano brilha uma vista extensa do lago onde as nuvens escassez se reflectem no azul-escuro da água. A vida no campo é boa e ainda melhor quando pode partilhar com outros.
para ampliar e ver os pormenores toca na fotografia No fundo, profissionalmente Quinten Matsys era ferreiro,
estava desesperadamente apaixonado pela filha do pintor o Dirk Bouts. A adoração era tão grande que foi trabalhar como aprendiz pintor no estúdio do mestre. O Dirk Bouts adorava a filha e não queria seperar-se dela, era a sua menina preferida e procurava constantemente subterfúgios para tardar um eventual casamento. O Quinten depois de ter aperfeiçoado a sua aprendizagem deu - se conta que de não seria fácil persuadir uma pessoa tão cabeçuda como o seu patrão e que ele tinha de abordar o problema de outra maneira. Um dia o mestre recebeu de um cliente rico de Lovaina a encomenda de um quadro. Uma obra importantíssima. Nos dias seguintes trabalhou no quadro, quase sem interrupção. Contudo num momento da sua ausência, o Quinten adicionou rapidamente na tela um pormenor só para provar o seu talento. Quando o artista voltou para trabalhar, viu na figura que ele tinha pintado recentemente uma grande mosca, poisada no nariz da pessoa que era também o comitente desta obra. Perturbado, tentou cautelosamente afasta-la, mas aquele bicho chato ficou poisado, quando notou o seu engano, desatou a rir e muito impressionado exclamou " Quem pinta uma mosca com tanta autenticidade pode casar com a minha filha." Met dank aan Alicia voor het verbeteren van deze Tekst
Em frente da catedral de Antuérpia encontra-se um poço em ferro batido uma obra arte designado por O poço de Quinten Matsys ( het putteke van Quinten Matsys)
Rapariga. Tu própria, que podes ter a noção e ao mesmo tempo o atrevimento de simplesmente expor de vez em quando uma opinião ou um seio: quando começa isso,
e no fundo quando acaba? As mulheres são feitas de raparigas, aos quarenta ainda deitam a língua de fora como aos quinze, ficam cada vez mais jovens,
não sabem não seduzir. Como a poesia: um gato que prudentemente caminha sobre as teclas de um piano e olha para trás: ouviste? viste-me?
Ah, o ar jovem das raparigas de quarenta, como umas vezes querem, e outras não, mas afinal sempre, se repararmos bem. Onde estão os bons velhos tempos? Estão aqui, esses tempos.
Poema- Herman de Coninck
HERMAN DE CONINCK, poeta belga (Mechelen, 1944) foi traduzido em Outubro de 1994 nos seminários de tradução colectiva de Mateus. A Quetzal editou-o em 1996, num livrinho revisto, completado e apresentado pelo poeta Nuno Júdice, intitulado Os Hectares da Memória.
Coninck, um dos mais importantes flamengos do pós-guerra, foi mais um desses poetas europeus como Egito Gonçalves, que tanto incomodaram os puristas por possuir uma notável capacidade de apreender de um quotidiano aparentemente estéril e banal, instantes sagazmente luminosos, através do uso de uma linguagem com notável capacidade discursiva, onde o humor não é o menor dos seus recursos. Foi um poeta do seu tempo: a fruição do leitor na leitura dos seus poemas resulta, suponho, da identificação com imagens suas contemporâneas que, com aparente objectividade, se dão a ler no poema.
Herman de Coninck morreu subitamente numa rua de Lisboa, em 1997, a caminho de uma reunião de poetas.