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Trinta e sete por cento dos flamengos (Bélgica) têm uma caderneta de poupança de cinquenta mil euros. Isto explica que o flamengo seja o mais rico cidadão europeu.
O inquérito só estudava a poupança, não dava conta do imobiliário fixe. Também foi constatado que a metade dos europeus não poupa nem um tostão. Senti me tão feliz pelo facto que somos os mais ricos dos europeus que iniciava imediatamente buscar estes pés-de-meia. Embora tenha esvaziado todas as gavetas, pequena e grande, mesmo o mealheiro, não encontrei nem um euro nem um tostão desse dinheiro na minha casa.
O capitão Alatriste Intriga e conspiração na decadente Madrid do século XVII. O regresso das aventuras de capa e espada, numa série que é um êxito em todo o mundo.
O capitão Alatriste é um espadachim a soldo que se movimenta no submundo da decadente corte espanhola do século XVII. Valente como poucos, aprendeu a combater na Flandres ao serviço do exército espanhol, mas, agora, as lutas são outras: entre vielas e tabernas, desafia perigosos assassinos, conspiradores e, até, a Santa Inquisição. Rodeado de personagens cativantes, como o seu pajem Iñigo Balboa, o poeta subversivo Francisco de Quevedo, o inquisidor frei Emílio Bocanegra, o assassino Malatesta ou o diabólico secretário do rei Luis de Alquézar, o capitão Alatriste vê-se envolvido nas intrigas e conspirações que caracterizam a Madrid do século XVII. É uma época de profundas convulsões geradas pelo envolvimento, por ordem do rei Filipe IV, em diversas guerras desastrosas.
Vi o filme numa sala de cinema Saldanha Lisboa Segundo o folheto passa se a história na Flandres, mas, posso confirmar, apenas os dez primeiros minutos do filme, aliás esta cena na Flandres ocorre numa nevoeira densa, no pino do inverno, pois as arvores estavam nuas. Por isso não posso explicar o som das rãs no canavial.
Aliás gozei deste filme excelente, um pormenor engraçado era a presença de alguns soldados portugueses nas tropas espanholas , confirme a teoria que houve uma grande comunidade portuguesa em Antuérpia e que o bairro onde têm vivido ainda hoje existe e se chama"Bairro português"
Ao pequeno-almoço leio cada dia um jornal português e ouço a través o radio" Flandres internacional" só para ficar ao corrente das notícias na Bélgica.
Hoje o céu colore cinzento, o tempo ideal para fazer uma caminhada. Pelo passeio no paredão que tem de proteger a vila e os arredores de Costa da Caparica constato o mau estado da estrada, óbvio foi um inverno áspero, testemunham os seguintes buracos no alcatrão, mesmo, já têm de consertar de novo um quebra-mar que apenas o ano passado estava renovado. Mais adiante, o paredão quase desapareceu e as obras que estão a passar-se neste momento têm de servir para resistir mais à violência do mar. O bar "o Búzio" onde eu o ano passado tenho gastado tantas horas já não existe, engolido pelas ondas e foi substituído por um duna de dez e tal metros de altura. De repente uma bátega inesperada empeste a nossa curiosidade. Fugimos para o primeiro estabelecimento na praia. Durante a chuvada, ao ver como grossas gotas se esmagaram contra as janelas de plástico, e a chuva mais os ventos provocaram um rumor no tecto como se estivesse orquestrado, deixam - me ter saudades para Flandres e minha juventude, pois esta imagem de chuva no verão é típica por um país como Bélgica. No entanto, por um mês de Junho à Costa azul será uma coisa extraordinária.
O mar estava encoberto por uma nevoeira densa que pairava sobre a água e se espelhava lentamente em toda a parte. O dia começava grisalho e aqueles que gostam de apanhar sol devem esperar muito longe após meio-dia para sentir os primeiros raios de sol. A senhora da papelaria onde eu vou buscar cada dia o jornal, tem o hábito para dar sua opinião colorida sobre tudo e não tem papas na língua de qualquer assunto, mas, sempre terminava a sua argumentação que foi a culpa do governo. Desta vez quando entrei na lojinha dela, estava a importunar aos clientes sobre as temperaturas baixinhas e o tempo irregular do mês de Junho. Escutamos pacientemente para sua explicação, mas não posso me conter e eu disse que era com certeza a culpa do governo. Ela olhou suspeitamente para mim ou eu estivesse a fazer rir dela e replicou -me que seja a culpa de nos todos que hoje a dia o mundo giro quadrado e, o clima se desenfreia como um poldro no prado.
Às três horas de madrugada, ainda aproveitando das ruas vazias e a escuridão arrancou a nossa viagem para Portugal. Para os que nos veriam despedir, parece talvez a nossa partida como se fôssemos ladrões a fugir para o braço de ferro da lei, mas, o único motivo para iniciar tão cedo a primeira jornada, era uma passagem rápida através Paris.
Ao crescer da alva, Paris ainda não estava acordada e a passagem pelos subúrbios da cidade de luz ocorreu rapidamente e como tínhamos esperado sem caos.
Pernoitámos em Espanha e chegámos ao destino no dia seguinte depois de circular dois dias ou 23 horas pelas auto-estradas da Europa.
Ao contrário que é regra geral, a vila da Costa de Caparica não banhava no sol, estava nublado e aguaceiros ameaçavam cair do céu.Seja que for, não me deixará estragar as férias por alguns dias sombrias. A gente mói constantemente sobre o boletim meteorológico. Está bom tempo, está mau tempo, Talvez conheça o ditado " o lavrador europeu sempre lamenta-se de duas coisas, do tempo e da sua Mercedes.
Fotografias a cor de Patrick de Spiegelaere: vistas do mar. Pergunto-lhe os seus truques. Nenhuns, diz ele. Esperar até às dez da noite, e então consegues uma luz assim.
Esperar até aos cinquenta. E então consegues um poema assim.
No século dezasseis Antuérpia era uma cidade mundial. As novidades do inteiro mundo estreiam se nossas ruas, assim andaram já no ano 1563, um elefante vindo de Portugal pelas ruas.
A exposição dos animais prodigiosos no papel no Tempo Do Plantin (1520 - 1589) mostra como o homem há quinhentos anos passados olhavam com espanto pelos desconhecidos, misteriosos seres. Talvez não esperasse mas o museu Plantin- Moretus /gabinete de ilustrados está infestado dos animais. A obras naturais históricas cheias de espécies novos como fonte de inspiração por arte ou moral e narrativas sobre baleias que davam à costa. No museu Plantin encontra -se tudo.
Foto: Lago da barragem Alqueva A costa alentejana é uma região em Portugal que muitas vezes está tratado pelas autoridades como uma madrasta convive com o enteado. O Alentejo litoral uma zona virgem entre Setúbal e as praias populares da Algarve entra se pela dezassete quilómetros comprida ponte "Vasco de Gama" a ponte mais longa da Europa. Trinta minutos depois que deixou atrás as varias aglomerações de Lisboa está no seio das paisagens ondulantes semeado com olivais e sobreiros. Pela costa alentejana encontra se intactas praias de quilómetros e quilómetros areia dourada, o mar salgado, o céu interno azul e de vez em quando depara uma banda gaivotas mas mais além nada. Quem escolhe para uns dias de férias tranquilos no meio da natureza vai às redondezas de Comporta. Consume a refeição nos restaurantezinhos numerosos espelhados pela costa e escolhe um quarto de dormir numa casa de hóspedes. Há montes que oferecem quartos com pequeno-almoço incluído. Imagina residir numa quinta caiada que parece ao longe uma praça-forte numa paisagem verde e atrás aquele monte alentejano brilha uma vista extensa do lago onde as nuvens escassez se reflectem no azul-escuro da água. A vida no campo é boa e ainda melhor quando pode partilhar com outros.