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ABISMO São João de Caparica ( ) A maior parte das vezes não percebia o porquê das coisas, nem das coisas nem das pessoas. Nem das coisas que dependiam das pessoas, nem das pessoas que faziam coisas simplesmente por faze-las. Ontem, vi a areia esvair-se, comprimir-se e esgueirar-se, sabe-se lá por onde o mar mastigou-a, engoliu-a e O homem alimenta o mar que se torna insaciável, incansavelmente sôfrego e sequioso. Estava ali sentado. No fundo como sempre e como todos os dias o horizonte, onde o céu se confunde com o oceano, ou o oceano se baralha com o céu, pelo meio o branco da espuma das ondas e o rasto das nuvens. Ali perto, os pensamentos. Ficavam as dúvidas dos dias que vinham, que haviam de passar, do massacre da beleza da natureza. Ali sentado imaginava-me a cavalgar aquelas ondas, de uma beleza indescritível, o seu avanço, a sua sabedoria tropeçava nas hesitações humanas. Humildade, essa pode ser a palavra-chave de quê? De tudo! O homem teima em não aprender, o homem teima em destruir em vez de construir, o que constrói fá-lo a destruir, têm medo de questionar, de inquirir, de partilhar as duvidas o homem não partilhas as duvidas nem reparte as culpas, antes incrimina com o dedo acusador o mais fraco, o homem raramente assume as suas culpas. O voo rasante daquela gaivota não deixava ser um indício que mesmo ali sentado era indesejável. Os cães não paravam de uivar, o vento assobiava,- a sinfonia parecia de raiva.- contrastava com o barulho das máquinas, que sem culpa, continuavam em direcção ao abismo. Ao nosso próprio abismo Escrito por Carlos Barros
Um relatório novo que tenho lido sobre as dunas a desaparecer, preocupa-me .A situação está pior mais que ainda pensava .A minha pergunta: encontrará de novo o meu bar favorito na praia? Espero que sim,mas tenha dúvidas .Os homens fazem o almanaque mas o tempo decidirá ..
No paÃs das quatrocentas cervejas de gosto diferente
No país das quatrocentas cervejas de gosto diferente dispõe também sobre cervejarias peculiares.
Os turistas por acaso portugueses ficarem surpreendidos encontrar na praça enfrente da câmara municipal de Antuérpia uma cervejaria em rodos que avança pela força dos clientes a pedalar.
Em Portugal as pessoas não falam muito sobre os tempos antes do 25 de Abril, embora eu já encontrasse algumas que esboçariam um quadro lúgubre da tragédia que fora o regime.
Na fronteira de Portugal e Espanha um hoteleiro falava me sobre os tiroteios e armadilhas, a audácia dos contrabandistas mas também dos desesperados refugiados que se ponham a fugir para escapar um sistema opressivo, infelizmente, as vezes acabariam com um desfecho mortal. Ou a história que me contou um empresário que tinha de se limitar na PIDE pela compra industrial feito no estrangeiro. O regime funcionou como uma medusa venenosa e captava todos num estrangulamento forte.
Mesmo nos anos sessenta as medidas repressoras obrigam a obedecer em todos os aspectos o regime. Até a mais pequena povoação ninguém foi poupado, para não ter de ser a vítima próxima da PIDE ninguém atreva a dar a sua opinião em público. Evidentemente as eleições nunca ocorreram livremente e muitas vezes foram homens pressionados preventivamente pelas autoridades sem ter dado uma razão legítima. Entretanto o regime rejeitável desapareceu em Portugal. Os portugueses ainda vivem sob uma democracia como o resto da Europa. Portugal tem conhecido os últimos vinte anos o seu maior crescimento. Neste momento o motor económico não anda bem, mas não vejo um problema para um governo democrático, será capaz de vencer as dificuldades para que todos os interessados possam dizer as suas opiniões, as manifestações não são proibidos, a oposição vem com alternativos e afinal o governo decidirá depois a consulta. Se for preciso, os eleitores ainda podem escolher numa eleição seguinte livremente um outro rumo por qual um governo. Não seja um sistema beatificado mas ao menos a gente conhece a liberdade de escolhe. Contudo algumas pessoas ainda sonham dos tempos de Salazar, talvez padeçam de amnésia (perda de memória) ou ainda pior são adeptos antigos. Então, não quero ser mau, mas aconselho esta gente ir a visita no cárcere da PIDE em Peniche, dá especialmente atenção para aqueles calabouços ao nível do mar.
Estivemos convidados pela notável figura de proa da língua portuguesa em Antuérpia. A Louíza , uma senhora que sempre está muito ocupada a promover a sua língua. A sala de reunião estava cheia, uma jovem, uma donzela de apenas vinte e tal anos teve preparado a sua apresentação profundamente, falava com uma voz clara, pronunciando cada sílaba como fruta sazonada. O fio vermelho nesse guia da História de Portugal era a contribuição linguística e económica dos vários povos que se estabeleceram no país. Durante as duas horas de explicações, extremo profissional, acumularam se progressivamente as datas e factos históricos e vão ter ao nascimento dum país e um povo. Um povo que está unido na pessoa própria da Rita, inteligente, amável, independente e a beleza natural sobre quais todos os descendentes dos povos ibéricos dispõem. Obrigado Rita para uma noite educativa e encantadora.
Cumprimentos dos dois combatentes velhos da Eikenstraat
Peixes:Os robalos vivem preferencialmente em águas costeiras e estuarinas, podendo ser encontrados na parte alta dos rios. Alimentam-se principalmente de peixes e crustáceos. São considerados, em relação à carne, como peixes de ótima qualidade. Como características gerais podemos dizer que são peixes de corpo alongado, comprimido, com o perfil dorsal acentuado. Os dentes são pequenos e o pré-operculo com margem serreada.
A velhice, as vezes tem conhecimento que alguém a tem alcançado. Como se seja alguma coisa para que tenha de trabalhar arduamente para conseguir. Enquanto seja uma coisa inevitável e imerecida, nada que deve fazer para adquirir, como um rollerskater que quase parado suba aparentemente lenta, para chegar enfim ao topo, hesita dois segundos e, depois rebola com uma velocidade desenfreada para baixa.
Há raros os dias que não estou a pensar: é para já. Rapidamente espreitar no espelho. Infelizmente não é umas coisas que vemos nos próprios. Mas geralmente diga alguém ao alguém, umas coisas sobre ainda alguém doutro " Ele começa a envelhecer. Le coup de vieux " Um golpe de suicídio pelo tempo. Na cara, gestos, relance de olhos, a nuca.
Chama-se, a armadilha genética, o modo como o corpo quase sem alteração pode continuar decénio depois decénio e de repente está à mercê do envelhecimento em apenas dois anos.
Assim é a ilusão, engraçada e ao mesmo tempo cruel, a ideia que o corpo se mantenha durante anos sem alternação. Só há um pormenor aparentemente fútil mas disfarçado, uma cãibra na perna, um vinco no semblante, brechas na memória.
Até ao dia, alguém abre a porta para ti e, notamos numa fracção de um segundo nos olhos de quem abriu a porta, ai! Ele envelheceu ou ainda pior ela envelheceu.
Ainda negamos o reconhecimento do outro e continuamos por algum tempo antes de querer aceitar o facto de velhice.
Não é verdade que sejamos o melhor Ilusionista de si próprio.
símbolo da nossa pátria, é formada por uma faixa verde e outra vermelha. A parte verde simboliza a esperança, aquela esperança que os portugueses sempre tiveram no engrandecimento da nação. A faixa vermelha, lembra-nos o sangue que tantos e tantos heróis verteram nos campos de batalha para nos darem livre e resgatada? Esta Nação que hoje é o nosso orgulho. Ao centro da Bandeira encontra-se a esfera armilar, em amarelo, que simboliza os Descobrimentos feitos pelos Portugueses nas 5 partes do mundo. Sobre a esfera armilar, encontra-se o escudo vermelho e branco, significando as lutas que os nossos cavaleiros travaram para alargarem e difundirem a Pátria. No escudo, encontram-se sete castelos, em amarelo, que significam a conquista definitiva do Algarve, quando D. Afonso terceiro conquistou aos Mouros os seus principais castelos. No escudo e ao centro, há cinco quinas, em azul, simbolizando os 5 reis mouros vencidos na batalha de Ourique, por D. Afonso Henriques. Em cada quina há cinco pontos brancos representativos das cinco chagas de Jesus Cristo. Pelo grande significado patriótico religioso que encerra, bem merece a Bandeira Portuguesa o nosso mais vivo respeita. Esfera - armilar que representa os círculos da esfera celeste /chagas torturar, que quer dizer as cinco chagas de deus as cinco torturas de deus
Já passou muitos anos, quando o Joaquim chegou na Bélgica e ainda tem muitas saudades da sua terra. Quem visitava aquelas terras sabe porque. O Alentejo é lindo e o povo alentejano é um povo brioso que trabalha e gosta de cantar mesmo durante o trabalho no campo.
A letra da canção foi escrito pelo Joaquim para A Nova Aurora Grupo Alentejano de Aljustrel
Sou sou de Aljustrel pôde crer, de Aljustrel sou dessa terra aonde nasci, com a nossa senhora do castelo, de Aljustrel, da terra do pão de cada dia, sim sou sou de Aljustrel, sou da terra dos meus avós, a sua represa, sim daí sou dessa linda terra no Alentejo, também em Aljustrel as suas minas de cobre, dessa terra que têm sempre um lugar no meu coração, sou sou sim de Aljustrel da terra da gente nobre daí sou dessa terra abençoada.
20-01-2007 om 20:08 geschreven door Joaquim-opatje
Mijn dank voor de bijdrage van Joaquim aan dit blog
Evidentemente,choramos a falta das vítimas mortais, mas um dia de tempestade com vento violento dá outra dimensão nossa sociedade. Como se fosse levantado pelo furacão, a solidariedade vinham das mais profundas fendas ou ao menos a ilisão.
Claro havia muita desgraça, telhas soltas, árvores arrancadas, carros esmagados. De repente, mulheres, camponeses e outros foram soprados das suas bicicletas, uma tromba não se deixa parar. Tal um tempo tempestuoso também tem a sensação da redescoberta. De repente ouvimos falar dos serviços públicos. Saudamos os bombeiros. O caminho-de-ferro parece se que tenha oferecido aos viajantes encalhados, café e bolos. Que o carteiro tardou mais que uma hora ninguém se preocupa - Não há choradeira. Desta vez bradava sobre as auto-estradas a agressão do vento e chuvas de pedras e não os carrascos da velocidade.
A individuação apanha uma pancada do temporal. Os homens e mulheres dos serviços de socorro sempre estão passados por alto no tempo calma, mas, agora com o mau tempo, punhados em foco nas notícias fazem figura.
Um pequeno desastre torna-se em lucro, cresce alguma coisa como o calor de solidariedade num dia de ventania. A alegria de mal alheio lasca na força de solicitude. Finalmente mesmo partilharíamos junto o nosso pão.
Na internet já no início da tempestade um apelo aos leitores "procura a melhor fotografia do furacão" diga-me, afinal ficamos todos voyeurs com ou sem rajadas nas costas. Quem não gostaria de ver, uma donzela que fosse soprada fora das peúgas.
Vagueio todos os dias pelos blogues portugueses à procurar dos mais engraçados ou interessantes itens. A minha fome está cada vez maior e felizmente a oferta que os portugueses apresentam no ecrã da internet é de uma qualidade superior.
Eu já sabia que em cada português abriga uma voz excelente mas, fiquei ignorando que haja também muitos dotados de um talento para exprimir os seus minúsculos ou grandes sentidos, sem escrúpulo mas impertinente e muitas vezes temperado com um humor saudável. Conseguirá jamais ,obter um nível tão elevado?.Tenho as minhas dúvidas!! Aliás, não é assim, que cada passarinho só canta a sua própria canção.
Aljustrel querida que te deixei quando tinha doze anos , te deixei mas não te esqueci porque estàs sempre dentro do meu coração , as tuas casas da cõr das rozas brancas ,e o sol que aquece os corações, a vila de bravos homens , a vila que quando tenho muita saudade ,sempre estàs no meu penssamento , quanto o tempo é demasiado lento,penso em ti , o meu coração chora , escuto as musicas do Alentejo ,frazes escritas pela mão ,mas saem do coração, o meu Aljustrel com a tua là no alto nossa Senhora do Castelo com toda a sua majestade sorrindo para a vila ,aquelas terras espendidas cheias de trigo , para dar o pão de cada dia ,um povo humilde e trabalhador , muito trabalho de dia , mas à noite hà sempre festa , tudo isto que escrevo e que não escrevo tudo isto é a minha vila de Aljustrel , que deixei mas nunca te esquecerei, para o resto da minha vida ,Aljustrel està e sempre estarás dentro do meu coração ,////joaquim 07/02/06
20-01-2007 om 08:24 geschreven door joaquim-opatje
EU sigo um rio de lágrimas, lágrimas de amargura , lágrimas da desilução , esse rio nasce no coração , um rio com muita alteza , e com muitas descidas , um rio sano , e outras vezes bravo, o rio da ilusão e da ternura , também da alegria , do amor e da paixão , sempre esse rio corre , e nunca deixara de correr , porque sempre haverá gente alegre , e gente triste , e assim vai correndo o rio . Joaquim
bezoek het blog van Joaquim een portugees, neen een alentejano, die in het vlaams schrijft druk op de foto
Desde a auto-estrada a vila saltava aos olhos, que lindo, no arredor inteiro só havia os arrozais verdes e ao pé das casas um rio tortuoso. As casinhas brancas rastejam misturadas até ao castelo.
Hoje em dia, dentre os seus espessos muros dos tempos remotos estabilizou-se uma pousada copiosa. As cegonhas, os últimos moradores do castelo mudaram de casa e agora tinham de criar o seu prol nas estacas altas postas enfrente da pousada. Estacionámos o carro sob a sombra de uma árvore gigantesca à beira do Sado. Caminhamos pela margem, perto da ponte enferrujada, que liga as duas margens do rio, há um quiosque de souvenirs alentejanos, mais adiante algumas vendedoras barulhentas que estão a louvar a qualidade de camarões frescas. O Sado, a artéria económica da região brilha como prata.
Às onze horas o sol já foi queimado e as ruas estreitas ainda não davam muita sombra. Por causa do calor não há muito movimenta, somente duas mulheres estavam a cacarejar na sombra do portal, ao passar as senhoras, eu captava uma parte da conversa."Aí dois carões que percam o caminho" por coincidência aprendeu esta palavra alguns dias antes."Carões " Um sorriso amplo apareceu no meu rosto não quer ser patife mas acho sempre uma coisa divertida a saber como os portugueses pensassem sobre os estrangeiros. Sem hesitar, perguntei lhes amavelmente no meu melhor Português, o caminho mais curto para ir ao castelo.
Acabamos nossa visita com um almoço memorável. As sardinhas grelhados à vontade com batatas cozidas na casca e não faltava na mesa o saboroso pão alentejano . Um exelente vinho maduro aperfeiçoava a refeição .Assim acabou um dia lindo em Alcácer do Sal.